Quando foi a última vez que tu te permitiu falhar?

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Por Priscila Telles

Empreendendo desde 2018, eu tenho baixado minhas expectativas com relação aos resultados de performance. Sejam meus, ou externos, eu já entendi na minha cabeça, que sempre existe alguma possibilidade de falha (nos mais diversos aspectos, como atrasos, desentendimentos, baixo engajamento, valorização e tudo mais) e tá tudo bem. Eu me proponho sempre a tentar resolver o problema a partir do momento em que ele aparece. Isso na percepção de empreendedora, ok? Que entra em ~constante~ conflito com a minha percepção de planejadora e RP que quer tentar prever todo o caos e desastre que podem acontecer em uma simples vídeo-chamada.

São dois pontos cruciais e uma linha tênue que nem eu entendo como elas conseguem coexistir. Por vezes existem rompimentos, ou um quase rompimento e aí eu que lute pra tentar dar o nó e reverter a situação. Normal, né?

A foto de capa foi uma das 39 tentativas que fiz, de conseguir o mesmo resultado. Eu fazia aula de fotografia durante o semestre que estudei na Universidade Católica Portuguesa em Lisboa, 4 anos atrás e era um trabalho do fim de semestre da disciplina. Alguns agora podem estar pensando: "Putz, mas 39 tentativas pra uma foto?" Sim. E tem mais... Pro espanto de alguns, essa foto com foco, todos os elementos a vista e tudo mais, nem foi uma das que deram certo! O objetivo não era esse, mas ele aconteceu! hahahaha Essa 'sessão de fotos' com clips foi maravilhosa, pra mim. Eu me sentia extremamente desbravadora de todas as funcionalidades -além das óbvias- que uma câmera Nikon tinha pra me oferecer, em modo manual.

Eu fiquei feliz de ter esse resultado e ri horrores, em casa fazendo as fotos, lembrando que o professor tinha dito em aula: "Não me venham com as fotos convencionais que vocês estão acostumados a fazer! Foto instagramável aqui não rola!". E qual foi a primeira coisa que eu consegui fazer, pensando no modo automático do que eu estava acostumada com câmeras estilo "profissionais"? Exato. Aí, a primeira coisa que eu pensei, sabendo que o que eu tinha de conhecimento era o que ele não queria, foi: "Tá, o que eu tenho então não vale nada?", aí pensei mais uns segundos e me veio em mente: "vale e muito! Agora eu já sei o que eu não posso fazer! Me restam ainda mais mil opções, ao menos. Qual a próxima?". E assim, nesse ritmo, me vieram as outras 38 tentativas.Precisei 'estragar' o modo que eu conhecia da câmera. foram fotos completamente escuras, fotos com exposição demais de luz, fotos sem foco, fotos borradas, fotos perfeitas e com brilho e aí sim, as fotos que eu queria. Me empolguei tanto que a casa toda virou foco de click! Inclusive a área externa, em dia de sol (quem é da fotografia sabe que são os piores dias pra fotografar. Os melhores dias pra se fazer externa são os nublados.)!!

As minhas tentativas e erros me levaram ao acerto. Errando, eu já sabia o que eu não devia fazer. Mas eu precisei arriscar e errar algumas vezes, até entender o que eu precisava pra ter o resultado que eu queria. E sabe de uma coisa? Não é só na fotografia que isso acontece! (A foto abaixo foi uma das que deram certo)




O que a falha tem a ver com o empreendedorismo?

Talvez essa parte da fotografia tenha me preparado mentalmente pro espírito empreendedor, de entender que eu preciso arriscar, tentar, falhar e então entender os erros pra conseguir acertar. E mesmo quando eu acerto, preciso entender o que foi que me levou a ter aquele resultado que eu queria, pra eu poder repetir.

É por isso que falamos que empreender tem retorno no longo prazo e não tem milagre. Porque os resultados começam a surgir pra mais de ano depois que a gente começou o negócio. E é assim mesmo! A gente precisa testar, errar, testar e acertar ou errar de novo pra depois acertar. Não tem como ser diferente. Por isso que não se começa um negócio pensando no lucro. Porque no meio do caminho, enquanto tu estiver errando e tentando, a chance de tu desistir por achar que não deu certo, é gigante. No fim das contas, talvez possamos dizer que o perfil de empreendedor é de alguém persistente e disposto (emocional, financeira e psicologicamente!) a arriscar e aprender diariamente. Não é uma ciência exata, sabe?

E é por isso também, que passar por todo esse processo pode ser mais fácil com a ajuda de uma consultoria ou mentoria especializada em empreendedorismo. Uma pessoa que já entenda os riscos à frente e que possa te guiar e ajudar na tomada de decisões.

Vocês têm se permitido arriscar e falhar? Me conta aqui!
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